segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Jovem e a Igreja, uma relação

A maioria dos jovens brasileiros acredita em Deus, mas nem todos participam ou estão vinculados a uma instituição religiosa.

Antigamente, a juventude era iniciada na Igreja por uma tradição familiar e, hoje em dia, os/as jovens que são Igreja, fazem essa adesão por opção pessoal e desejo ardente do coração, que no caso da nossa religião cristã nasce a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo.


A Igreja Católica historicamente vem buscando diversas formas de acolher a juventude, é claro que ainda precisamos avançar neste jeito de acolher os/as nossos/as jovens com as suas belezas, marcas e diversidades.

Quando começamos a caminhada na Igreja somos atraídos/as por diversas motivações: amizade, namoro, lazer, musica, conhecimento, sofrimentos, dores, sonhos... No início o grau de pertencimento não é muito alto, porém aos poucos e de diversas formas vamos dando sentido e resignificando o nosso lugar na Igreja.

O/a jovem que é Igreja se alimenta de três fontes fundamentais: oração, Palavra de Deus e Eucaristia. Nessas fontes buscamos forças para continuar a nossa caminhada de fé na nossa vida concreta e do nosso povo com todas as suas caras, jeitos e cores.

É importante partilhar que ser Igreja não anula o nosso ser jovem. A juventude da Igreja também sonha, canta, trabalha, erra, namora, chora, brinca, ri, estuda e atua nos diversos espaços da nossa sociedade.

Somos alimentados/as diariamente na comunidade, é no encontro com o/a outro/a que somos chamados/as a testemunhar o Evangelho  e a seguir a voz de Deus que nos chama a ser sal da terra e luz do mundo

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Arte e Espiritualidade

Uma celebração sem canto é considerada uma celebração "morta", "apagada", "desanimada". O canto, ao contrário, anima, desperta, dá vida. Além disso, tem o poder de unir as pessoas: juntando a nossa voz à voz dos irmãos e das irmãs, ao ritmo dos instrumentos, vai se criando em nós uma abertura e uma consciência maior de pertencermos uns aos outros. Também a nossa relação com o senhor é facilitada pelo canto; nossa oração se torna mais profunda, mais fervorosa. (Ione Buyst) 
 
A arte está presente desde a antiguidade nos ritos, nas celebrações e na sacralidade, está ligada a espiritualidade e a mística. Na Pastoral da Juventude ganha força com o teatro,  dança e música; através da dança entramos em contato com o corpo, no teatro transcendemos a um mundo criativo, revivendo personagens e situações e com a música vivemos sentimentos, fortalecemos nossa identidade, através dela podemos entrar em contato com uma cultura e realidade histórica.
A nossa espiritualidade é Cristocêntrica, mariana, celebrativa, missionária, martirial e fundamentada na realidade concreta das pessoas, no cotidiano, sendo essencialmente libertadora. A PJ reza, e reza muito, reza com a vida, com as lutas, com missas, com os ofícios, com os encontros nos grupos, nas romarias, nas atividades permanentes (DNJ, Semana da Cidadania, Semana do Estudante). A Pastoral da Juventude respira o sagrado, é cheia de beleza, é poema, é processo de educação na fé, é formação integral, revelando o rosto profético de Deus. 
A palavra de Deus, o seu anuncio, e a sua escuta também nos acompanha como diretriz, em nenhuma celebração ou reunião ela deve faltar, na Pastoral da Juventude, bem como em toda a Igreja, a Bíblia nos alimenta, Jesus tem sempre uma palavra dirigida a sua comunidade, palavra que deve ser atualizada em nossa realidade e estudada historicamente, a palavra nos enche de esperança, nos aproxima da imitação do mestre.
Há tantos artistas na PJ, artistas anônimos que não buscam o palco das grandes mídias, nossa arte está nas comunidades, na doçura de quem convive nas paróquias, nas suas realidades, oferecendo semente à terra boa (Mc. 4, 2-20), multiplicando os talentos (Lc. 19, 12-27). Quer conhecer a arte da pastoral da juventude? É preciso conhecer o povo, as comunidades, os anônimos, essa gente do coração grande que é Igreja e povo de Deus